Fotos: Arquivo Pessoal
Nascida e criada no distrito de Santo Antão, em Santa Maria, Aracy Marafiga Quaiatto, 85 anos, era mãe de Carlos Amaro, Abrilina de Fátima, Guilherme Cassiano, Moisés Alcione, Francisco Afaneo (falecido), João Plauto, Oraide Margarete, Pedro Salomão, Adelaide Medianeira e Edson Josias Quaiatto. Casada com Pedro Antilio Quaiatto, falecido há 18 anos, Aracy tinha no marido um grande companheiro. O casal era vizinho e estudava no mesmo colégio. Eles se conheceram em Água Negra, localidade de Boca do Monte. Vivendo da agricultura, o casal criou os filhos com muito esforço. A cada um deles, Aracy ensinou a importância do respeito ao próximo, da honestidade e da sinceridade. Desde os anos 1980, ela morava na Vila Carolina com a família.
- Se fizéssemos algo errado, ela puxava nossas orelhas. A mãe nos dizia que não fizéssemos nunca algo de que fôssemos nos arrepender. Ela era muito justa - recorda o filho mais velho, Carlos.
Apreciadora da boa música, Aracy não passava um dia sem ouvir alguns temas. Muito eclética no gosto musical, ela mantinha sempre um rádio por perto, mas gostava mesmo era de música ao vivo. Conforme os filhos, a música estava no DNA de Aracy, e o marido a conquistou fazendo serenatas na janela. Por muitos anos ele cantava e tocava violão para Aracy. Além disso, um dos filhos tinha uma dupla sertaneja chamada Maravilha e Cassiano, e ela ia sempre aos shows.
- A última apresentação que ela assistiu foi a da dupla Teodoro e Sampaio, na praia de Capão da Canoa. Mas, sempre que podia, ela ia aos shows do meu irmão - conta Carlos.
Além da agricultura, Aracy também fazia costuras para vizinhos e os peões da lavoura para complementar a renda da família. Ela costumava, ainda, consertar as roupas dos filhos e dos demais familiares.
A agricultora se divertia muito com os filhos, com os 20 netos e com os 14 bisnetos, quando eles a visitavam em casa, aos finais de semana. As visitas se reuniam com ela para o almoço de domingo e para apreciar uma boa música, que não podia faltar.
Os filhos Abrilina e Pedro ainda moravam com a mãe, e os três cuidavam um do outro.
- Era mais que um cuidado, era um grude. Aonde a mãe ia, eu estava junto. Se ela resolvia ficar por casa, eu também ficava. Ela, eu e o Pedro éramos muito unidos. Ela também mantinha sempre os filhos de baixo de sua asa e cuidava bem de perto de cada um - lembra Abrilina.
Aracy também era muito ligada com a neta de mesmo nome dela. As duas se davam muito bem e gostavam de conversar. Abrilina, mãe de Aracy Joselina, sempre desejou ter uma filha com o nome da mãe.
- Na infância a gente não entende muito bem, não é? Mas agora, com 23 anos, carrego comigo o orgulho e a emoção de ter o nome da minha avó, pessoa muito correta e que ajudou a me criar desde que nós viemos morar com ela, há 11 anos, na Vila Carolina - diz a neta Aracy.
A idosa adorava fazer aniversário. A data, 11 de janeiro, era sempre muito comemorada. Ela prezava a união da família e a amizade entre os parentes. O maior orgulho dela foi ver os filhos crescidos e encaminhados na vida.
Aracy ficou internada por um dia no Hospital Casa de Saúde e morreu em 27 de abril, em decorrência de uma parada cardíaca. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
Morreu agropecuarista Dalvenir dos Santos
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